sábado, 28 de fevereiro de 2009

Gigantes contra Apollo.


Em um mundo não muito longe daqui, num tempo não muito distante, vivia uma entidade física, chamada Apollo, em harmonia com pequenos anões. Estas criaturas, apesar de astutas, possuíam seus limites fisiológicos e não conseguiriam sobreviver e evoluir sem a ajuda de Apollo. A relação entre eles funcionava da seguinte maneira: Apollo fornecia todo tipo de subsistência para os anões, e estes cuidavam de fazer progredir a terra que habitavam. Com o passar dos tempos, a inteligência dos anões foi aumentando, assim como a demanda por recursos de Apollo, mas nem por isso a entidade deixava de cumprir com suas “obrigações”. Quando os anões já haviam ocupado todo o espaço horizontal do planeta, desenvolveram um método que prolongava seus pescoços e colocava suas cabeças em elevadas altitudes, para explorar assim o espaço vertical também, e passaram então a denominarem-se gigantes. Foi então que toda a harmonia, que há tempos já estava desgastada pela sede de recursos dos anões, começou a se romper. O espaço vertical também fora todo dominado. Em busca de mais progresso, os recém-gigantes reivindicavam mais territórios, e a única forma de conseguir seria tomar o pouco que ainda restava a Apollo. Muitos reclamaram, dizendo que Apollo era a fonte de toda a energia e, portanto, necessário. Porém, os gigantes, com suas cabeças nas nuvens, julgavam-se capazes de criar um meio pra substituir a entidade, já que haviam feito e evoluído tanto. Começou então uma violenta batalha. Por muitas vezes, Apollo evitava atacar, talvez por espécie de amor platônico ou algo parecido. Recebia injúrias calmamente, em silêncio. Quando os gigantes o ofendiam demais, a entidade liberava todo seu poder varria continentes em água, vento, fogo e terremotos. Quando fazia, aniquilava gigantes e depois caía em lamentações por remorso. Pouco tempo depois, mesmo com sua superioridade, Apollo se rendeu, sendo destruído. Houve festa, mas não por muito tempo. De repente, os gigantes começaram a perder sua inteligência e seus pescoços começaram a diminuir. Ninguém entendia o porquê. Quando restavam somente seus instintos mais primitivos, foi que compreenderam que tudo vinha de Apollo. Não só subsistência, mas inspiração, força de vida e, por conseqüência, sua inteligência. Era tarde. Pereceram.

2 comentários:

M 8 de março de 2009 às 15:38  

Caramba, que história!
Pior que no nosso mundo as coisas são assim mesmo: não damos valor ao que temos- seja amizades, bem materiais, etc- e muitas vezes só percebemos o quanto algo era importante depois que perdemos!
Muito show essa história!
Continuem escrevendo sempre, porque eu adoro ler esse blog!
Bjs!

Gabriela 21 de março de 2009 às 00:09  

A ganância é sempre o combustível de todos os males!

Marcadores

Sobre

A união de alguns estudantes com a idéia de criarem um blog!
Um mesmo ideal, com muitas idéias e opiniões. Sentimentos, vida cotidiana numa simples cidade e bairro ou no Brasil e mundo! Não importa o assunto, nem se estamos certos ou errados daquilo que escrevemos. O Mais importante é acreditar naquilo que idealizamos e fazer para que seja o melhor do melhor. E se der errado, recomeçaremos tudo outra vez.

Afinal, Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.

  © Blogger template 'Perfection' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP