terça-feira, 21 de julho de 2009

Paixão e Ilusão entrelaçadas com o real jornalismo

Há quase cinco anos atrás quando resolvi prestar meu primeiro vestibular para o curso de Jornalismo, havia optado por essa área por achar ela extremamente apaixonante. Pra mim a area de comunicaçao era fascinante, viver a notícia e repassar a informaçao de forma real, vivendo-a comos e fosse , dando seu sangue para que tudo saísse perfeito já que o jornalista nao tem o direito de errar, pra mim no auge dos meus 18 anos aquilo tudo era encantador. Hoje vejo que era tao encantador como as histórinhas de conto de fadas em que acredita-se no felizes para sempre.
O Jornalismo é apaixonante e ilusório, isso sim. Trabalhar numa TV por exemplo é apaixonante, enquanto todos os repórteres estao na rua atrás de notícia, os editores , apuradores, produtores e até mesmo o apresentador estao na redaçao buscando detalhes, modificando isso aqui ou ali, correndo atrás de imagens ou de alguma história marcante ou chocante. É uma verdadeira loucura, uma apaixonante loucura. Se vive cada dia como se fosse o primeiro. Dá medo, te deixa anciosa, preocupado e se bobear voce até esquece de comer porque a adrenalina é grande. Voce precisa de uma grande notícia e tem que fazer bem feito, tem que matar um leao em questao de minutos ou ele te mata depois de ver que o trabalho pronto deu um pequeno erro mas que fez toda a diferença tornando uma bosta inteira. Tudo isso é apaixonante, mas ao mesmo tempo é ilusório. Ilusório porque quando voce pensar em entrar no meio logo pensa em tudo menos naquilo que realmente é. E , é ai que a profissao te decepciona. Deixa a desejar. Até mesmo dentro da faculdade, você se pergunta várias e várias vezes que bosta de curso é esse, já que você mais mata aula do que vai, nunca estuda para as provas e mesmo assim consegue tirar as melhores notas.
Nao existe técnica ou aprendizado teórico e específico. É um curso baseado na vida humana, na atualidade, no que se ve da vida. E nisso eu tenho que concordar com o STF quando resolveu dar a nao obrigatoriedade a esse curso, segundo eles : "Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão".
Jornalista já nasce jornalista. Voce nao aprende gramatica, nem aprende a ler ou escrever muito bem na faculdade. Voce tem que chegar lá sabendo tudo isso. Entao nesse sentido, eu concordo com eles. Pra que diploma? só se for mesmo pra dizer que é jornalista. Completo de merda! Porque o bom jornalista nao precisa de diploma, ele nao fala.. ele age! Ele nao espera acontecer, ele faz acontecer, se impoe e corre atrás. Um minuto pode durar uma eternidade dentro do seu curriculo. E nao existe essa de que o mercado está saturado e que estao caindo jornalistas de todas as janelas dos prédios mais altos que se conhecem. O mercado está daturado em todos os lados. E dentro de comunicaçao existe algo eu tem em todos os cursos, mas especialmente nele é muito mais forte: os contatos, que consequentemente vem daí o QI ( quem indica). E isso é algo que nessa area nao vai mudar, infelizmente. Claro que os bons por natureza conseguem seu lugar no mercado, mas sao raros e muitos deles ainda possuem um pouco de SORTE, que também é imprensidível na area.
Fico impressionada quando vejo o tanto de supostos candidato a jornalistas, alguns impecavelmente bem-vestidos, com a última roupa da moda, num salto alto gigante achando que estao abafando.. e quando voce pergunta o motivo pelo qual está ali, lá vem uma bomba: ou queria ser modelo mas nao tinha altura ou então quer ser o proximo apresentador local, mas se voce pedir pra escrever um conto é capaz de perguntarem se conto escreve com c ou com s. As faculdades de jornalismo está cheio de modinha, de pessoas disputando a melhor roupa. a melhor maquiagem ou até mesmo a melhor fofoca. E lamentável. Sao todos um "mássimo", sim com dois ss, porque estao longe de chegarem perto de serem um minimo de um bom jornalista quem dirá o máximo.
Jornalismo é pros fortes, pro bons! É jogo duro. é trabalhar finais de semana, feriados, natal, ano novo e se abdicar dos eventos sociais mais sofisticados e os mais fuleiros que voce pensaria em ir, é nao apenas gostar do que faz, é amar e se entregar como se entrega a um casamento. E fazer bonito, muitoo bonito! Nao pra impressionat, mas porque se você errar, era uma vez seu emprego, seu salário e suas contas nao vao deixar de bater na porta por isso.
Pode STF dizer que nao é obrigatorio o diploma, pode aumentar vagas de estágio, emprego, universidade ou o que for. Jornalista que é bom mesmo nao precisa de diploma, ele precisa de gás, de pique, de determinaçao, saber a hora de acertar e a hora de rever suas falhas e acertar . Ele precisa ter a certeza do que quer, saber que é jogo duro e nao existe moleza. Ele somente precisa amar o que faz, fazer com prazer porque o BOM jornalista já nasce jornalista.
Apaixonante ou Ilusório, Encantador ou decepcionante ele encara e sabe que é bom e faz bem feito, independente de diploma. É assim que sempre funcionou com os grandes e marcantes jornalistas e, será asim que vai ser por muito e muito tempo.

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A união de alguns estudantes com a idéia de criarem um blog!
Um mesmo ideal, com muitas idéias e opiniões. Sentimentos, vida cotidiana numa simples cidade e bairro ou no Brasil e mundo! Não importa o assunto, nem se estamos certos ou errados daquilo que escrevemos. O Mais importante é acreditar naquilo que idealizamos e fazer para que seja o melhor do melhor. E se der errado, recomeçaremos tudo outra vez.

Afinal, Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.

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